Vitaminas

 

 

São substâncias necessárias para o metabolismo no organismo, mas que não podem ser produzidas em nosso corpo. Assim, elas são obtidas através de alimentos, bebidas ou suplementos vitamínicos. As excepções são a vitamina D, que é sintetizada no organismo em uma escala limitada, e as vitaminas B12 e K, as quais são sintetizadas pela flora bacteriana no intestino. Sem as vitaminas as reacções metabólicas em nosso organismo ficariam tão lentas que não seriam efectivas.

 

Algumas vitaminas (C, E, A) também tem papel antioxidante diminuindo a acção nociva dos radicais livres, como veremos a seguir.

 

Atletas devem prestar atenção no consumo de B1, B2 e niacina. Enquanto trabalham, os músculos produzem uma substância, o ácido pirúvico, que sem a vitamina B1 , transforma-se em ácido láctico. As vitaminas B2 e niacina agem na obtenção de energia em exercícios de baixa intensidade e longa duração. Corredores também devem ficar atentos à ingestão de vitaminas antioxidantes (C, E e beta-caroteno), pois seu organismo tende a produzir mais radicais livres.

 

Que quantidade de vitaminas devemos ingerir?

 

Este é um assunto muito polémico, pois alguns pesquisadores de renome recomendam megadoses vitamínicas para combater os radicais livres. A maior parte dos médicos e nutricionistas segue as recomendações de quantidades diárias de vitaminas (RDA) do departamento de agricultura do governo americano (USDA).

 

Entretanto as super doses de algumas vitaminas têm o aval de nomes como o cientista americano Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química em 1954 (e da Paz oito anos mais tarde). Pauling  auto-prescreveu 10 gramas diários de vitamina C, equivalentes a duzentos copos de suco de laranja. Outro adepto das mega-doses é o Dr. Kenneth Cooper que recomenda um cocktail antioxidante diário a base de vitaminas.

 

O beta-caroteno é uma espécie de vitamina A desmontada que o corpo só monta quando tem necessidade. Senão, elimina suas sobras, o que não faz com a vitamina A que é altamente tóxica. Por isso, cuidado para não adquirir suplementos de vitamina A, mas sim de beta-caroteno.

 

Na verdade, é nebulosa a área entre o necessário à saúde e os excessos nocivos. Os adversários das mega-doses argumentam que o corpo humano não precisava mais do que poucos miligramas de vitamina C por dia, sendo o excesso eliminado pela urina.

 

 

O Instituto Nacional do Saúde, nos Estados Unidos, revelou que o hábito de comer vegetais ricos em vitamina C diminui 13% o risco de enfartes. Se esse bom hábito for somado a comprimidos da mesma vitamina, a incidência dispensa 37%. Não se sabe a dose extra exata para se obter esse efeito preventivo. Mas a dúvida não apaga o fato: 37% menos chance de se morrer do coração.

 

Com relação à vitamina E, Liz Applegate , nutricionista consultora da Runner's World, lembra que vários estudos já demonstraram que a ingestão diária de 400 UI protege os atletas dos danos oxidativos provocados pelo treinamento de longa distância. Como nutricionista ela adoraria afirmar que é possível obter 400 UI pela alimentação mas reconhece que isto é muito difícil.