Natação

 

Origem da Natação


Natação é a actividade física do homem e de outros animais que consiste em deslocar-se em meio líquido. A natação era originalmente um meio de sobrevivência do homem, que em tempos primitivos precisava fugir de animais maiores ou caçar a sua alimentação por entre rios e lagos. Actualmente a natação, nas suas várias modalidades, pode ser vista como um método de recreação e um desporto, sendo utilizada para salvar pessoas por exemplo em caso de afogamento. Também existe o nadar associado a trabalho, como no caso dos colectores de pérolas, alguns tipos de pescadores e aos cientistas que investigam a fauna e flora aquáticas.

Diversos animais possuem a natação por instinto, como é o caso do homem, nos mamíferos este nadar por instinto recebe o nome de: "Nado Padrão Mamífero", este tipo de nadar tem princípios básicos como cabeça fora da água, braços (patas anteriores) com angular próxima de 90 graus e pernas (patas posteriores) em leve flexão (realizando um movimento parecido com pedalar) este nadar, é chamado de” nadar `a cão”.

Por movimentar praticamente todos os músculos e articulações do corpo, a prática da natação é considerada um dos melhores exercícios físicos existentes.

 

A história da Natação

 

Sabe-se que desde a pré-história, o homem jánadava, seja com finalidades utilitários para recolher alimento, seja em momentos de outras necessidades, como por exemplo, para fugir de um perigo em terra, lançando-se no meio liquido e nele se deslocando. A arqueologia que há 5.000 anos na Índia, na localidade de Mahenjoara, existiram piscinas com aquecimento, da mesma forma que baixos-relevos assírios retratam estilos rudimentares da “braçada clássica”, utilizada por soldados no Eufrates. A própria educação do Egipto Antigo, há cerca de 3.000anos, indica a existência de professores de natação para as crianças nobres. A civilização clássica grega, aponta a presença de associação de provas de natação nos Jogos Istmicos, disputados em homenagem a Poseidon. Com o renascimento a natação retomou seu prestígio e consta que Guths Muths organizou as primeiras competições de natação no mundo moderno. Na Inglaterra se tem notícia da existência de associações desportivas praticando natação como desporto competitivo desde de 1839, sendo certo que apenas em 1869 surgiu a Associação de Natação Amadora. Quando se realizou a primeira olimpíada da era moderna, a natação fez parte do rol dos desportos olímpicos seleccionados pelo Barão de Coubertim, e, finalmente, em 1908, foi fundada a FINA (Federação Internacional de Natation Amateur). As primeiras competições consistiam, apenas no nadar de bruços clássico. Os australianos acompanharam a evolução do nadar de bruços e sua transformação gradativa com os movimentos dos braços fora da água alternandamente (braçadas) e a fusão destas inovações com movimento alternados das pernas no estilo usado pelos nativos de Ceilão. Estas inovações foram observadas pelos americanos nos jogos olímpicos extraordinários de Atenas, em 1906, os quais posteriormente aperfeiçoaram o estilo que veio a ser denominado “crawl”. O crawl americano somente veio a ser superado pelos japoneses que, nos X jogos olímpicos de Los Angeles apresentaram inovações com o crawl japonês e sua braçada dupla. Outros avanços surgiram como a braçada alongada e a respiração bilateral, nos jogos de Berlim. Com o surgimento do “craw” o antigo estilo bruços) perdeu a sua posição, por ser mais lento. Entretanto, havia interesse em manter o estilo clássico e por isso, foram regulamentadas as provas exclusivas para aquele estilo. Quando surgiu a braçada da mariposa, novamente decaiu o uso do estilo clássico e, isto, da mesma forma que ocorrera anteriormente, fez com que a FINA, por meio de regulamentação específica, separasse os dois estilos. Aperfeiçoou-se o estilo de batidas de pernas e ao invés de tesoura surgiu o movimento ondulante de golfinho, razão da denominação do novo estilo. O nadar de costas, inicialmente, tinha por finalidade proporcionar meios de fácil flutuação para descansar o nadador. Somente nos jogos olímpicos de Paris, em 1900, é que surgiu este estilo como forma de competição. Inicialmente os braços eram levados simultaneamente para dentro da água e as pernas movimentam-se de forma semelhante à tesoura a frente. Daí, evoluiu para uma mariposa invertida e, com o surgimento do estilo novo de frente, seus empréstimos técnicos chegaram ao nadar de costas, que passou a ser usar os mesmos movimentos de pernas, alternados para baixo e para cima, com os braços também alternados, de trás para frente, em tracção de dentro da água e em recuperação foras dela.

 

A Modalidade do Crawl

Crawl é uma técnica de natação e também uma disciplina olímpica.
O nadar de crawl já era praticado bem antes do aparecimento de nossa civilização. Ele é, sem dúvida, o estilo mais utilizado e mais rápido. Porém, na verdade ele não pode ser considerado como um estilo verdadeiro. Na verdade, o que existe é a prova de nado livre, quando o atleta pode nadar como quiser, até inventar um estilo próprio. Tanto, que a Fédération Internationale de Natation Amateur (FINA) não menciona o crawl pelo nome em seu livro. (De facto, até o ano de 1900, todos os eventos competitivos tinham características do estilo livre). Entretanto, nos eventos contemporâneos de estilo livre, os executantes são invariavelmente nadadores de crawl.
No princípio, o crawl utilizava diversas vezes o mesmo braço, o que cansava o nadador e dava pouca velocidade ao nado. Apenas em 1906, na Europa, que o crawl foi aperfeiçoado e passou a ser realizado em braçadas alternadas e com o movimento vertical das pernas.



 A Saída:
No crawl, o nadador começa a prova no bloco de partida. Para mergulhar, ele deve imaginar que está a cair num buraco. Dessa forma, seu corpo cria menos atrito com a água e, consequentemente, consegue ir mais longe com o mergulho. Para realizar o mergulho correcto, recomenda-se aos iniciantes observarem bem a posição do corpo no momento da saída. Os joelhos devem ser bem flectidos, os braços esticados à frente, sempre na altura das orelhas. No momento em que o nadador ouvir o sinal de partida, salta e mantém esse posicionamento. Desta forma, além de executar uma saída correcta, o atleta protege a sua própria cabeça.


O Estilo:

No estilo crawl, os braços movimentam-se alternadamente e as pernas para cima e para baixo. Durante todo o tempo, o nadador mantém-se com a barriga para baixo. Depois, de mergulhar, o nadador precisa seguir todos os passos para realizar o nado crawl correctamente. Nesse estilo, os braços respondem por 75% da propulsão (ou seja, o impulso para frente) e as pernas por 25% em média. Os braços são responsáveis pela velocidade. Eles devem ser levados à frente com os cotovelos dobrados e a ponta dos dedos fica na diagonal, isto é, o polegar virado para a água. Os dedos ficam unidos, formando um tipo de pá de remo.


A virada:

Na virada do estilo de crawl, o nadador pode tocar na parede da piscina com qualquer parte do corpo. Mas normalmente as pernas são mais utilizadas. Porque elas oferecem mais propulsão. Assim o atleta realiza um regulamento ``a frente virando no final de barriga para baixo e impulsionando com os pés.

 

A Modalidade de Costas

 

Costa caracteriza-se pela posição do nadador de costas para o fundo da piscina, batida rápida de pernas e braçadas alternadas.

A Saída:
A saída de costas é realizada dentro da piscina. Por isso, o atleta precisa esta
r atento ao seu posicionamento junto à raia. Ao ser dada a saída, o nadador puxa o seu corpo contra o agarre e, ao mesmo tempo, empurra, com os pés, a borda de modo que o corpo se eleve e os quadris saiam da água, como se fosse uma mola comprimida. Ao ouvir o tiro, ele mergulha para trás.

O Estilo:
Em costas, o nadador fica de barriga para cima e as pernas têm muito mais importância do que no crawl. Existem várias maneiras de nadar de costas. A mais comum é o crawl de costas, em que os braços giram alternadamente como se fossem hélices.
Na fase aérea, o braço se mantém estendido e depois é levantado sempre na linha do ombro.
O batimento das pernas segue o padrão natural baseado na fórmula de seis batimentos para um ciclo completo de braçadas. Para aumentar a eficiência da batida de pernas, os joelhos devem ficar o tempo todo dentro da água.

A Virada:


Para fazer a viragem, o nadador deve fazer uma aproximarão à parede na posição ventral seu movimento dentro de água é semelhante a uma cambalhota de costas, composta unicamente por uma rotação do corpo que lhe coloca novamente na posição inicial, ou seja, posição dorsal. Ao tocar a borda com a palma da mão, a cabeça começa a afundar-se e a voltar-se no sentido oposto. As pernas devem acompanhar esse movimento, sendo lançadas por cima até encostarem-se à parede da piscina. Em seguida, o nadador dá impulso com os pés e prepara-se para voltar à posição original do estilo.

 

A Modalidade de Bruços

 

Bruços ou de peito é o mais antigo dos estilos de natação de competição. Já no século XVI, havia uma maneira de nadar com os movimentos dos braços parecidos com o actual nado de bruços. Naquele período, no entanto, os pés ainda eram batidos alternadamente (igual a um pontapé). Desse método é que originou o nado de bruços. Em 1798, o nado de bruços já era o estilo mais praticado em toda a Europa.

A Saída:


A saída de bruços é feita do bloco de partida. Em comparação com os nados crawl e mariposa, o mergulho da saída do nado peito é um pouco mais profundo, para que o nadador aplique a braçada e a pernada ainda durante o mergulho, o que é chamado de filipina e garante melhor desenvoltura do nado. O nadador deve observar com atenção o posicionamento dos joelhos. Eles não podem estar muito a frente na preparação da pernada. Isso gera uma falha: o quadril sobe, o que produz atrito e enfraquece a potência da pernada.


O Estilo:


Para os iniciantes, recomenda-se, em primeiro lugar, o aprendizado correcto da batida de pernas. Esse movimento é de grande importância para a sustentação, o equilíbrio e a impulsão do nadador. Inicialmente, as pernas devem ser estendidas fortemente para trás. No momento em que as pernas são esticadas, o corpo tende a ficar na horizontal. Em bruços, a atracão dos braços começa a vinte centímetros abaixo da superfície da água. O nadador não deve começar a puxada ao nível da superfície: isso provocará um movimento de sobe e desce, resultando em perda de energia.


A Virada:


Para virar, o nadador precisa de tocar a borda com as duas mãos, ao mesmo tempo e na mesma altura. Depois disso, o braço do lado para o qual o corpo vai virar é lançado de volta à piscina acima da cabeça. A outra mão empurra a borda para jogar a cabeça em sentido contrário. Ao mesmo tempo, os joelhos são direccionados para a borda até que os pés consigam toca-la. Nesse momento, as mãos já devem estar juntas a frente, preparando-se para a retomada dos movimentos.

 

A Modalidade Mariposa

 

O estilo mariposa (ou golfinho ou borboleta) é um estilo de natação relativamente novo. O seu nascimento ocorreu em função das incertezas do regulamento do nado de bruços. Isto porque, até a década de cinquenta, o deslocamento dos braços para frente não estava previsto nas regras da Federação Internacional de Natação, gerando semelhança entre os dois estilos.

A saída:


A saída do nado mariposa também é feita do bloco de partida. Após o mergulho, o nadador mantém os braços à frente e realiza uma forte batida de pernas.

O estilo:


Historicamente o nado actual nasceu do nado clássico (peito), evoluiu para o nado borboleta (com perna de peito e braço apresentando o movimento simultâneo com recuperação aérea) e, então, para o nado golfinho, com ondulação do corpo e movimentos simultâneos verticais das pernas. Em competição, nas provas, em Portugal, é chamado de mariposa. Este assemelha-se ao crawl. As pernas e os braços movem-se de modo parecido, com a diferença de que as pernas e os braços se mexem ao mesmo tempo.
Nesse estilo, também não há uma compensação de ombros, isto é, o nadador não realiza o movimento rotatório dos ombros e dos quadris, quando ocorrer a passagem da água. Por isso, ele exige do nadador mais força para enfrentar a resistência da água e é também bastante cansativo.


A virada:


Na virada, o nadador tem que tocar as bordas com as duas mãos, ao mesmo tempo e no mesmo nível. Ao tocar a borda, o nadador não deve deixar que o corpo chegue muito perto. Depois de tocar na borda com as duas mãos, o braço do lado o qual o corpo vai virar é lançado de volta à piscina com o cotovelo flexionado. A outra mão empurra a borda para jogar a cabeça e os ombros na direcção oposta, ao mesmo tempo em que os joelhos são flectidos e trazidos por baixo do corpo até que os pés toquem na borda.

 

Estilos

 

As provas de natação de 100m estilos são uma competição que junta os quatro estilos. Se for uma disputa individual, a ordem é a seguinte: mariposa, costas, bruços e crawl. No caso de uma equipa, cada um dos quatro nadadores faz um estilo, nesta ordem: costa, bruços, mariposa e crawl, a ordem é diferente por causa da saída de costas que é realizada dentro de água. As regras para a virada e saída são as mesmas. No caso de uma equipa os nadadores saem na medida em que os outros chegam, por exemplo, quando é dada a saída o primeiro nadador (costas) quando completa sua prova deve bater com a mão na borda e só quando ele fizer isso o próximo poderá sair.

 

 

Suporte word da modalidade - Natacao1.docx (5 MB)